4.8.17

Confissões de Madrugada

de madrugada as pessoas são menos gente e mais alma
a bebida é serventia da casa
os bares lotam e os corações esvaziam
repletos de êxtase artificial
depois da meia noite nada mais é banal
tudo é calmaria e ao mesmo tempo caos
se remexer na cama sem motivo aparente
reviver toda a vida como um flash na mente
o sentimento chutando o racional
pensar nas ferias de natal
no amor que deu errado la no carnaval
no trabalho que preciso entregar em linguagem formal
na injustiça que sofre quem é homossexual
naquele poema que me dedicaram do Chacal
no porque to aqui e será que sou anormal?
como faz pra que o espirito se aquiete e aceite todas as pendências
deitar dormir e sonhar
sem ter que antes divagar sobre a essência
mas ela não tem piedade
de tudo exprime o bruto
independente da idade
da cor ou do nível de maldade
em suma
cara velha amiga madrugada
escolha rápida
suma ou me consuma


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