23.10.17

Ápices Eternos Cárceres

o peso nas costas
do peso do mundo
os feixes das lembranças
disfarçados no âmago
daqueles dias taciturnos
eu sinto com palavras
e falo com sentimentos
não sei ser superficial
o óbvio me assusta
minha normalidade é inversa
vestida de linguagem formal
proclama minha derrota emocional
estar dentro de si mesmo assusta
acalenta e naufraga
pensamentos e deleites
se obrigam a ser autossuficientes
em um mundo onde ser
é supérfluo
sentir é objetivo
e meus ápices
são eternos
cárceres



1 comentários:

  1. Tu é arte inside e outside. Te vejo como uma obra, pura poesia.

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